Agora, voltando do trabalho, vi botas brancas em uma vitrine de uma loja da Paulista. Lembrei então de ontem à noite, às 3 h da manhã, quando eu e mais três colegas de trabalho voltávamos de uma festa. Um deles fez um comentário crítico a respeito das botas brancas de uma outra colega que estava na festa. Realmente, as botas dela também não passaram batidas para mim. Em um momento da noite, elas convidaram meus olhos brevemente.
Mas no carro, comentei: "Tirando todo o preconceito do mundo uma bota branca é apenas uma bota. E branca". Ele deve ter concordado, pois disse: "Boa, Lúcia"
Hoje, lembrando desta passagem, pensei: "Nunca tive vontade de usar botas brancas. Nem são bonitas. São feias." Mas meu pensamento, que se remetera à minha infância, sem me avisar, fez-me discordar de mim mesma.
Aos cinco anos, eu tive uma bota branca. Era de plástico e da Xuxa. Minha mãe, é lógico comprou contra a sua vontade.
Acho que nem eu, nem ela, nem ninguém sabe com...