Era daquelas adolescentes frescas e lindas. Cabelo comprido, liso, castanho claro. Vestia camiseta branca de uniforme. Sentada largadadamente no banco de trás de um carro grande e caro, distraia-se com suas unhas. O carro estava em uma cara avenida de São Paulo, parado no trânsito, no meio da tarde, horário em que alguns privilegiados têm a chance de rodar pelas ruas, atrás de seus compromissos fúteis e agradáveis. Outros rodam a trabalho, outros resolvem problemas, outros procuram emprego, ou vão à aula, outros encontram-se em situações desconfortáveis.
E a menina olhava as unhas. Seu pensamento passeava e rodopiava dentro de sua mente. De repente levantou o braço direto. Esqueceu as unhas. Levou o nariz ao sovaco. Deu uma profunda cheirada. Depois de tudo checado, descansou o olhar na paisagem.
E a menina olhava as unhas. Seu pensamento passeava e rodopiava dentro de sua mente. De repente levantou o braço direto. Esqueceu as unhas. Levou o nariz ao sovaco. Deu uma profunda cheirada. Depois de tudo checado, descansou o olhar na paisagem.
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