Um dia ela apareceu no meu quarto e se instalou no meu criado-mudo improvisado. Era uma joaninha maior do que as que estava acostumada a ver. Verde, meio metálica, com pintinhas pretas. Imaginei que em poucas horas sairia voando pela janela, da mesma forma que suponho ter chegado no meu quarto, que fica no décimo primeiro andar. Mas para minha surpresa, na noite seguinte ela ainda estava lá. Surpreendi-me ao encontrá-la, de madrugada, encostadinha atrás do controle remoto, talvez tentando se proteger da luz da televisão. A partir daquela noite, declarei-a minha amiga. Seria uma companhia para as noites solitárias.
Na outra noite, procurei- a atrás do celular, do controle remoto, do despertador, sem sucesso. Pensei: “desta vez ela foi embora”. Quebrei a cara novamente, quando percebi que ela estava grudada atrás do criado-mudo. Comecei a acreditar que não me abandonaria tão facilmente.
Certo dia sumiu novamente. Não a encontrei nos lugares que habitualmente costumava ficar. Conformei-me, pensando que para uma joaninha, tinha ficado até tempo demais. Dias se passaram, e uma tarde, quando estava mudando alguns móveis e objetos de lugar, reencontrei a joaninha. Ainda morava no meu quarto. Cheguei até a pegá-la para transportá-la para um lugar mais seguro, mas ela grudou no meu dedo, e eu, assustada, arremessei-a com força. Neste momento, vi que ela sabia mesmo voar, pois com classe e leveza, pousou em uma das partes do móvel do computador. Fiquei com receio de ela ter ficado ressentida. Resolvi deixá-la em paz a partir de então. Ela já havia desbravado grande parte do quarto e já era comum encontrá-la em diversos cantos diferentes. Acostumei com o fato de a joaninha morar no meu quarto e passei a lembrar-me dela com menos freqüência. Não sabia quanto tempo vivia uma joaninha nem quando ela iria resolver sair voando mundo afora. Hoje, varrendo o quarto, levei um susto, quando junto com a sujeira, a joaninha apareceu. Tinha me esquecido dela. Abaixei-me e tentei brincar com ela. Empurrei-a para lá, para cá, virei-a de barriga para cima. Nenhuma reação. Em suas patinhas já acumulava-se pó. Ela vivera no meu quarto todo este tempo. E eu que pensei que ela não ficaria um dia sequer na minha companhia. A joaninha estava aqui, eu é que havia me esquecido.
Na outra noite, procurei- a atrás do celular, do controle remoto, do despertador, sem sucesso. Pensei: “desta vez ela foi embora”. Quebrei a cara novamente, quando percebi que ela estava grudada atrás do criado-mudo. Comecei a acreditar que não me abandonaria tão facilmente.
Certo dia sumiu novamente. Não a encontrei nos lugares que habitualmente costumava ficar. Conformei-me, pensando que para uma joaninha, tinha ficado até tempo demais. Dias se passaram, e uma tarde, quando estava mudando alguns móveis e objetos de lugar, reencontrei a joaninha. Ainda morava no meu quarto. Cheguei até a pegá-la para transportá-la para um lugar mais seguro, mas ela grudou no meu dedo, e eu, assustada, arremessei-a com força. Neste momento, vi que ela sabia mesmo voar, pois com classe e leveza, pousou em uma das partes do móvel do computador. Fiquei com receio de ela ter ficado ressentida. Resolvi deixá-la em paz a partir de então. Ela já havia desbravado grande parte do quarto e já era comum encontrá-la em diversos cantos diferentes. Acostumei com o fato de a joaninha morar no meu quarto e passei a lembrar-me dela com menos freqüência. Não sabia quanto tempo vivia uma joaninha nem quando ela iria resolver sair voando mundo afora. Hoje, varrendo o quarto, levei um susto, quando junto com a sujeira, a joaninha apareceu. Tinha me esquecido dela. Abaixei-me e tentei brincar com ela. Empurrei-a para lá, para cá, virei-a de barriga para cima. Nenhuma reação. Em suas patinhas já acumulava-se pó. Ela vivera no meu quarto todo este tempo. E eu que pensei que ela não ficaria um dia sequer na minha companhia. A joaninha estava aqui, eu é que havia me esquecido.
Comentários
que leio seu blog anonimanente.
O que me atraiu? A verdade.
bj
adriano
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