Depois de tanto tempo
Depois de oito meses sem escrever nada neste blog, tenho minhas dúvidas de que alguém ainda tenha a paciência de entrar aqui. Há algumas semanas ou meses venho pensando em escrever, guardando algumas idéias, porém só hoje consegui arrumar um tempo. Fui obrigada a arrumar um tempo. Já que estou gripada e, em vez de ir a uma festa de aniversário de um amigo, que imagino que será bem divertida, estou tendo de passar a noite de sábado sozinha, em casa.
Ao fundo escuto uns exercícios de técnica vocal gravados por um coralista que está contribuindo bastante para aumentar a monotonia deste momento. Ao som do piano, vozes femininas ou masculinas cantam “uuuuu” ou “oooooo” e “brrrrrrrrr”. E além disso, ouço a professora, com voz cuidadosa, dar instruções como “agora só sopranos e tenores”. Bem... a gravação acabou agora e eu me sinto mais aliviada.
Não tenho esperanças de escrever nada grandioso ou surpreendente hoje, afinal seria esperar muito depois de tanto tempo sem postar um único texto. O mais provável é que eu encontre minha cabeça entulhada de idéias e imagens que guardei durante todo este tempo e, portanto, já fico feliz se conseguir não bombardeá-las todas de uma vez aqui, como sei que às vezes costumo fazer. Quem sabe não deixar o bombardeio para o texto seguinte? Seria mais simpático de minha parte.
Mas alguém poderia se perguntar: “Mas será que essa menina só está escrevendo aqui porque está doente e não tem mais nada para fazer?” Bem... não sejamos tão rigorosos. Vamos pensar que se trata apenas de uma coincidência. Sei, porém, que para escrever algo é preciso entrar em contato consigo mesmo. Para mim, escrever aqui só é possível quando estou sozinha. Isto não significa que a presença de mais alguém em minha casa me impeça de escrever. Eu preciso estar sozinha com meus pensamentos, sentir a minha solidão e a minha companhia, de que tantas vezes fujo ao me distrair com a companhia de outras pessoas, com compromissos sem fim, com internet e com coisas a fazer. Uma atividade incessante que esconde meu medo de parar e não saber o que irei encontrar.
(Fazia tempo mesmo. Não estava nem conseguindo acessar minha página. Muito menos sabia que agora esse site é do Google)
Depois de oito meses sem escrever nada neste blog, tenho minhas dúvidas de que alguém ainda tenha a paciência de entrar aqui. Há algumas semanas ou meses venho pensando em escrever, guardando algumas idéias, porém só hoje consegui arrumar um tempo. Fui obrigada a arrumar um tempo. Já que estou gripada e, em vez de ir a uma festa de aniversário de um amigo, que imagino que será bem divertida, estou tendo de passar a noite de sábado sozinha, em casa.
Ao fundo escuto uns exercícios de técnica vocal gravados por um coralista que está contribuindo bastante para aumentar a monotonia deste momento. Ao som do piano, vozes femininas ou masculinas cantam “uuuuu” ou “oooooo” e “brrrrrrrrr”. E além disso, ouço a professora, com voz cuidadosa, dar instruções como “agora só sopranos e tenores”. Bem... a gravação acabou agora e eu me sinto mais aliviada.
Não tenho esperanças de escrever nada grandioso ou surpreendente hoje, afinal seria esperar muito depois de tanto tempo sem postar um único texto. O mais provável é que eu encontre minha cabeça entulhada de idéias e imagens que guardei durante todo este tempo e, portanto, já fico feliz se conseguir não bombardeá-las todas de uma vez aqui, como sei que às vezes costumo fazer. Quem sabe não deixar o bombardeio para o texto seguinte? Seria mais simpático de minha parte.
Mas alguém poderia se perguntar: “Mas será que essa menina só está escrevendo aqui porque está doente e não tem mais nada para fazer?” Bem... não sejamos tão rigorosos. Vamos pensar que se trata apenas de uma coincidência. Sei, porém, que para escrever algo é preciso entrar em contato consigo mesmo. Para mim, escrever aqui só é possível quando estou sozinha. Isto não significa que a presença de mais alguém em minha casa me impeça de escrever. Eu preciso estar sozinha com meus pensamentos, sentir a minha solidão e a minha companhia, de que tantas vezes fujo ao me distrair com a companhia de outras pessoas, com compromissos sem fim, com internet e com coisas a fazer. Uma atividade incessante que esconde meu medo de parar e não saber o que irei encontrar.
(Fazia tempo mesmo. Não estava nem conseguindo acessar minha página. Muito menos sabia que agora esse site é do Google)
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