Antes que eu perguntasse qualquer coisa para o moço do guichê, bati meus olhos no vidro que nos separava e falei de alegria: "Minha identidade!". Lá estava ela, esse tempo todo, a mostra na bilheteria do cinema. Ele me pediu documento para comprovar e eu tive meu RG de volta.
Fiquei feliz por não ter pedido uma manha inteira de sábado em um poupa-tempo.
Já tinha ligado para o "achados e perdidos" do shopping e não sabiam dela. Lembro que perguntei se havia possibilidade de estar na bilheteria e me falaram com pouco ânimo que talvez. Acho que me deixei contagiar por esta falta de esperança, o que explica o fato de só quase 20 dias depois eu ter tomado a iniciativa de verificar se o documento estava com o pessoal do cinema. Isto que a bilheteria fica a um quarteirão de minha casa e está dentro do meu percurso de todos os dias.
Estava tão tomada com algumas tristezas nos últimos tempos que não tive muito ânimo de procurá-la. Mas ela ficou lá quietinha, a minha espera. Não imaginava que estava tão perto e que seria tão fácil encontrá-la. Minha identidade querida, que feliz reencontro!
Ao chegar na rua, estava com o olhar mais radiante do que quando entrara no shopping. Havia cor e vitalidade nas maçãs do rosto. Minha bolsa parecia estar completa novamente. Emitíamos luz neste final de tarde chuvoso. O caminhar era como uma dança.
Pensava na foto. Ficava feliz. Tinha idéias de refazer o documento com a mesma foto 3x4, se fosse preciso.
Minha identidade não saiu totalmente ilesa depois de passar esse tempo em mãos de outras pessoas. Estava sem a capinha de plástico. Perdeu parte de sua proteção. Mas isso eu arrumo.
Fiquei feliz por não ter pedido uma manha inteira de sábado em um poupa-tempo.
Já tinha ligado para o "achados e perdidos" do shopping e não sabiam dela. Lembro que perguntei se havia possibilidade de estar na bilheteria e me falaram com pouco ânimo que talvez. Acho que me deixei contagiar por esta falta de esperança, o que explica o fato de só quase 20 dias depois eu ter tomado a iniciativa de verificar se o documento estava com o pessoal do cinema. Isto que a bilheteria fica a um quarteirão de minha casa e está dentro do meu percurso de todos os dias.
Estava tão tomada com algumas tristezas nos últimos tempos que não tive muito ânimo de procurá-la. Mas ela ficou lá quietinha, a minha espera. Não imaginava que estava tão perto e que seria tão fácil encontrá-la. Minha identidade querida, que feliz reencontro!
Ao chegar na rua, estava com o olhar mais radiante do que quando entrara no shopping. Havia cor e vitalidade nas maçãs do rosto. Minha bolsa parecia estar completa novamente. Emitíamos luz neste final de tarde chuvoso. O caminhar era como uma dança.
Pensava na foto. Ficava feliz. Tinha idéias de refazer o documento com a mesma foto 3x4, se fosse preciso.
Minha identidade não saiu totalmente ilesa depois de passar esse tempo em mãos de outras pessoas. Estava sem a capinha de plástico. Perdeu parte de sua proteção. Mas isso eu arrumo.
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