Minha mãe está em casa esses dias. Foi muito bom chegar em casa e me deparar com a presença dela. Algumas companhias são tão agradáveis que gostaríamos que elas ficassem por muito e muito tempo. Minha mãe, porém, volta esta semana para a nossa cidade. Mas pretendo viajar daqui um tempo e rever a família.
No final de semana passado hospedei um cachorrinho maltês de uma amiga, o Shanty. Ele já tinha ficado em casa quando tinha uns seis meses. Desta última vez, completou um ano de idade. Até comprei uma coleira chiquérrima de presente para ele, que veio acompanhada de chaveiro e mais uma coleira de pescoço com um coração pendurado para gravar o nome. Peguei fácil afeição pelo bichinho. Levava-o para passear; quando estava fora, procurava não ficar o dia todo para não deixá-lo tão sozinho. Quando o entreguei aos donos, senti uma tristeza. Não estava encontrando o ossinho de plástico que ele gostava de morder e fiquei procurando-o durante um bom tempo pela casa na presença de seu dono. Quem sabe não fiz isso para manter o Shanty só mais uns minutinhos em casa? Mas o ossinho não foi encontrado e Shanty partiu sem ele. No dia seguinte, quando cheguei do trabalho, a casa estava silenciosa, sem a agitação do cachorrinho.
E costuma ser assim quando me apego às pessoas, mesmo que muitas vezes não demonstre ou mesmo finja para mim mesma que não estou nem aí. Com namorados não é muito diferente. Acostumava-me com a presença deles em casa e tinha crises de tristeza quando tinham de ir.
Porém hoje me lembrei de uma vizinha de porta no meu prédio da época em que morei em Brasília. Lembro-me até do nome dela: Raquel. Ela tinha dois anos e eu cinco. Mesmo sendo mais velha, às vezes ia brincar com ela. Foi em sua casa que conheci o disco de Jairzinho e Simoni. Eu e meu irmão só tínhamos os do Balão Mágico. Apesar de a Raquel ser mais nova, tinha um pouco de medo dela, principalmente quando se aproximava a hora de eu ir embora. Raquel sabia dificultar a situação. Criava um clima pesado. Escondia meus sapatos.
Lembro de sua mãe os procurando para mim, tentando tirar os meus chinelos de sua mão à força. Muitas vezes não conseguia, e eu tinha de voltar para casa descalça. Sua mãe me dava um sinal dizendo que depois de eu ir ela devolveria os meus sapatos.
Quantas vezes não tive vontade de fazer o mesmo que Raquel: esconder os sapatos das pessoas que gosto para que ficassem mais tempo comigo. Também houve pessoas em que era preferível jogar seus sapatos porta afora para que fossem embora mais rápido.
Raquel tinha apenas dois anos quando usava esta tática. Não sei por quanto tempo a usou, se ainda a usa ou se inventou técnicas mais complexas. Talvez Raquel tenha percebido, até mesmo antes de mim, que quando as pessoas têm que ir, elas vão, mesmo descalças.
No final de semana passado hospedei um cachorrinho maltês de uma amiga, o Shanty. Ele já tinha ficado em casa quando tinha uns seis meses. Desta última vez, completou um ano de idade. Até comprei uma coleira chiquérrima de presente para ele, que veio acompanhada de chaveiro e mais uma coleira de pescoço com um coração pendurado para gravar o nome. Peguei fácil afeição pelo bichinho. Levava-o para passear; quando estava fora, procurava não ficar o dia todo para não deixá-lo tão sozinho. Quando o entreguei aos donos, senti uma tristeza. Não estava encontrando o ossinho de plástico que ele gostava de morder e fiquei procurando-o durante um bom tempo pela casa na presença de seu dono. Quem sabe não fiz isso para manter o Shanty só mais uns minutinhos em casa? Mas o ossinho não foi encontrado e Shanty partiu sem ele. No dia seguinte, quando cheguei do trabalho, a casa estava silenciosa, sem a agitação do cachorrinho.
E costuma ser assim quando me apego às pessoas, mesmo que muitas vezes não demonstre ou mesmo finja para mim mesma que não estou nem aí. Com namorados não é muito diferente. Acostumava-me com a presença deles em casa e tinha crises de tristeza quando tinham de ir.
Porém hoje me lembrei de uma vizinha de porta no meu prédio da época em que morei em Brasília. Lembro-me até do nome dela: Raquel. Ela tinha dois anos e eu cinco. Mesmo sendo mais velha, às vezes ia brincar com ela. Foi em sua casa que conheci o disco de Jairzinho e Simoni. Eu e meu irmão só tínhamos os do Balão Mágico. Apesar de a Raquel ser mais nova, tinha um pouco de medo dela, principalmente quando se aproximava a hora de eu ir embora. Raquel sabia dificultar a situação. Criava um clima pesado. Escondia meus sapatos.
Lembro de sua mãe os procurando para mim, tentando tirar os meus chinelos de sua mão à força. Muitas vezes não conseguia, e eu tinha de voltar para casa descalça. Sua mãe me dava um sinal dizendo que depois de eu ir ela devolveria os meus sapatos.
Quantas vezes não tive vontade de fazer o mesmo que Raquel: esconder os sapatos das pessoas que gosto para que ficassem mais tempo comigo. Também houve pessoas em que era preferível jogar seus sapatos porta afora para que fossem embora mais rápido.
Raquel tinha apenas dois anos quando usava esta tática. Não sei por quanto tempo a usou, se ainda a usa ou se inventou técnicas mais complexas. Talvez Raquel tenha percebido, até mesmo antes de mim, que quando as pessoas têm que ir, elas vão, mesmo descalças.
Comentários
... mas, as vezes, voltam..
saudades. vc sumiu, ou fui eu?
queria te convidar pra escrever algo pra uma revista digital que eu colaboro.
ab
b.
a ideia da revista e simples: juntamos um monte de gente que gosta de escrever, e redigimos algo especifico baseado em um tema mensal... instiga a criatividade. nao deixa de ser mais um espaco pra vc mostrar o seu trabalho e conhecer pessoas novas...
me escreva no e-mail brunoaccioly@yahoo.com que te dou mais detalhes sobre o tema desse mes.
bj
b.
de uma conferida nela, ue... haha
http://blogrenagem.blogspot.com/
estou causando aqui, ne nao?
some nao moca.
venha visitar.
beijos
b.
nao recebi o e-mail nao.
ou, devo ter recebido e apagado sem querer... recebo muuuuuuuuuito spam todos os dias e olho muito por cima tudo que vou apagando.
tente novamente.
mande tambem pra bruno.sp@gaiasilvarolim.com.br... nao recebo spams nesse aqui.
valeu pelos comentarios..
e ai? ta com bloqueio de escritora, ta?
bj
apareca mais vezes?
e vc?
ocupada demais pra escrever???
a revista ainda esta aberta pra vc, quando quiser.
beijos
b.
Q saudade de vc!!!!
Vc sabia q eu sou sua fã, né?
Adorei o q escreveu, aliás, adoro td q escreves...
Q saudade de vc!
Venha me visitar!!!!!
Certamente terás q voltar descalça pra casa!
hauhauhahauhauhuahhau
Beijo gdeeee!
Com amor,
Good vibes calangas pra ti!
Mande notícias amore!
escrevo quando vc escrever...
haha..
b.
a nova revista entre no ar semana que vem.
o tema e 'o novo'.
escreva algo. envie pra mim... ate o dia 10 (se bem que seus e-mails nunca chegam... haha. spam total)
bom feriado.
b.
vc escreve bem bagarai
de uma maneira simples e detalhada
achei oq eu tava procurando (:
passarei a ser seu leitor a partir de hoje
abraços