Não tenho cara para criticar o trabalho dos jornalistas. Fazer reportagem não é fácil. É preciso tirar a bunda da cadeira e ir atrás da notícia, procurar as melhores fontes, lidar com gente mal humorada, grossa ou que nunca tem tempo. E além disso, sentir o desespero quando o prazo está acabando e a entrevista com a fonte principal ainda não deu certo. Diante de tanta pressão e esforço para sobreviver no emprego é possível entender porque aqueles mais fracos são capazes de atitudes tão baixas e tentam compensar a sua grande insegurança com comportamentos egocêntricos ou com uma competitividade excessiva. Mas não é sobre isso que queria falar. Lembro-me de um texto que fiz há alguns anos quando era ainda uma estudante de jornalismo. Uma entrevista com o dono de um bistrô pouco conhecido localizado ao lado de uma conceituada pizzaria de Florianópolis. Praticamente todo o movimento de carros e pessoas no local se dirigia à pizzaria. Portanto, coloquei na matéria o seguinte título: “M...