Há dias tenho pensado em escrever sobre o mendigo do Brás, que encontro diariamente quando atravesso a rua a caminho do trabalho. Agora aparecem estas notícias nos jornais sobre o espancamento e assassinatos de moradores de ruas.
Hoje, quando o ônibus passou pela Sé, olhei um cobertor largado perto de um muro com alguns utensílios. Os pensamentos já vieram à cabeça. Mas acho que não só na minha, pois imediatamente o cobrador começou a conversar sobre o assunto dos mendigos com o motorista. O motorista, um cara muito mal-humorado, fez a seguinte observação: "eles não querem dormir no albergue pois lá têm regras, têm horário para dormir, têm que tomar banho, etc"
Perto do ponto, penso: "será que vou encontrar o mendigo?". Sim, ele estava lá. Deitado com seu cobertor cinza, como sempre, desta vez de barba feita e cabelos cortados. Quem será que fez sua barba? Fico pensando.
Agora, quando vejo as notícias sobre "moradores de rua" nos jornais, sempre procuro saber se alguma coisa aconteceu no Brás.
Estes dias, ele estava deitado de costas, muito enrolado no cobertor e eu me assustei. Será que eles estava lá? Dei mais uma olhada, e pude confirmar.
Neste final de semana vi um cara conversando com um mendigo: "Toma cuidado, viu!" E o mendigo apontava com o dedo para algum ferimento na sua cabeça. Imaginei que estavam falando do assunto dos jornais.
Outra manhã vi um cara distribuindo pão e café com leite quentinho aos mendigos do Brás. A mulher guardou em seu saquinho. O outro, continuou deitado, segurando o pão e tomou o leite.
Esses dias a limpeza pública varreu a calçada e levou junto todos os pertences do mendigo. Garrafas, embalagens, papeizinhos, ele continuou deitado e tudo ficou vazio ao seu redor, mas hoje ele já juntou tudo outra vez.
Como pude ver, muitos se preocupam com os moradores das ruas. A Marta mesmo, estava hoje nos jornais, em um movimento de luto pelos mendigos mortos.
Não sei o que dizer, mas acho triste.
Hoje, quando o ônibus passou pela Sé, olhei um cobertor largado perto de um muro com alguns utensílios. Os pensamentos já vieram à cabeça. Mas acho que não só na minha, pois imediatamente o cobrador começou a conversar sobre o assunto dos mendigos com o motorista. O motorista, um cara muito mal-humorado, fez a seguinte observação: "eles não querem dormir no albergue pois lá têm regras, têm horário para dormir, têm que tomar banho, etc"
Perto do ponto, penso: "será que vou encontrar o mendigo?". Sim, ele estava lá. Deitado com seu cobertor cinza, como sempre, desta vez de barba feita e cabelos cortados. Quem será que fez sua barba? Fico pensando.
Agora, quando vejo as notícias sobre "moradores de rua" nos jornais, sempre procuro saber se alguma coisa aconteceu no Brás.
Estes dias, ele estava deitado de costas, muito enrolado no cobertor e eu me assustei. Será que eles estava lá? Dei mais uma olhada, e pude confirmar.
Neste final de semana vi um cara conversando com um mendigo: "Toma cuidado, viu!" E o mendigo apontava com o dedo para algum ferimento na sua cabeça. Imaginei que estavam falando do assunto dos jornais.
Outra manhã vi um cara distribuindo pão e café com leite quentinho aos mendigos do Brás. A mulher guardou em seu saquinho. O outro, continuou deitado, segurando o pão e tomou o leite.
Esses dias a limpeza pública varreu a calçada e levou junto todos os pertences do mendigo. Garrafas, embalagens, papeizinhos, ele continuou deitado e tudo ficou vazio ao seu redor, mas hoje ele já juntou tudo outra vez.
Como pude ver, muitos se preocupam com os moradores das ruas. A Marta mesmo, estava hoje nos jornais, em um movimento de luto pelos mendigos mortos.
Não sei o que dizer, mas acho triste.
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