Cinco amigos em um carro voltando à cidade natal. No caminho partilham as mesmas músicas, porém as músicas soam diferentes em cada uma das mentes. Um dorme a viagem quase inteira. Dois convesam a viagem quase inteira. Dois escutam a viagem quase inteira. E falam de carreira, de trabalho, de viagens, de experiências que tiveram nos mais diversos lugares: Estados Unidos, Londres, Austrália, Ásia, e enquanto isso, ao redor da estrada, bois pastam tranqüilamente nos pastos.
Cinco mundinhos de calça jeans dentro de um carro em um ponto do mundo.
De repente, o cheiro de usina de cana avisa que a viagem logo acabará. Quem dormia, acorda. Quem falava, emudece. Quem ouvia, se mexe e fala algumas palavras.
A bucólica paisagem da estrada que chega à cidade desperta as mais variadas sensações nos cinco viajantes. Momento de silêncio. O vento entra pelas janelas e bate nas caras e nos cabelos. Os pensamentos são tantos que tomam conta de todo o espaço do carro. Ao acaso, pego o daquele que não nasceu na cidade: "Nossa, estou me sentindo no South Park". Vejo o de outro: "Quero chegar logo em casa". Esmagadinho no porta-mala, o de outro: "Foi aqui que tudo começou".
Vejo lembranças, ansiedade, angústia, felicidade, amores, tistezas, dores, risos, diversões. Neste momento, os cinco mundinhos estão mais ligados do que nunca. Ligados a uma mesma história, que se divide em infinitas versões. Ligados às lembranças da velha da geléia de mocotó, do japonês do tofu, do Pé-de-mola, do Caju, com seus tragos de meio cigarro e seu violão com 3 cordas, da avenida, da pizzaria Roda Viva, de estabelecimentos que já abriram ou já fecharam,de episódios tristes de que não é bom nem lembrar, de episódios alegres que dói a barriga de rir, daqueles dias absurdamente quentes, dos ciscos de cana queimada que caem nos quintais, sujando as roupas limpas do varal e fazendo as mulheres dizer: "Puta merda, acabei de lavar a varanda!"
Cinco mundinhos de calça jeans dentro de um carro em um ponto do mundo.
De repente, o cheiro de usina de cana avisa que a viagem logo acabará. Quem dormia, acorda. Quem falava, emudece. Quem ouvia, se mexe e fala algumas palavras.
A bucólica paisagem da estrada que chega à cidade desperta as mais variadas sensações nos cinco viajantes. Momento de silêncio. O vento entra pelas janelas e bate nas caras e nos cabelos. Os pensamentos são tantos que tomam conta de todo o espaço do carro. Ao acaso, pego o daquele que não nasceu na cidade: "Nossa, estou me sentindo no South Park". Vejo o de outro: "Quero chegar logo em casa". Esmagadinho no porta-mala, o de outro: "Foi aqui que tudo começou".
Vejo lembranças, ansiedade, angústia, felicidade, amores, tistezas, dores, risos, diversões. Neste momento, os cinco mundinhos estão mais ligados do que nunca. Ligados a uma mesma história, que se divide em infinitas versões. Ligados às lembranças da velha da geléia de mocotó, do japonês do tofu, do Pé-de-mola, do Caju, com seus tragos de meio cigarro e seu violão com 3 cordas, da avenida, da pizzaria Roda Viva, de estabelecimentos que já abriram ou já fecharam,de episódios tristes de que não é bom nem lembrar, de episódios alegres que dói a barriga de rir, daqueles dias absurdamente quentes, dos ciscos de cana queimada que caem nos quintais, sujando as roupas limpas do varal e fazendo as mulheres dizer: "Puta merda, acabei de lavar a varanda!"
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