Hoje, quando acordei, olhei distraidamente pela janela do quarto e ... "o que vejo na janela em frente?" A lata de Nescau sumiu, e em seu lugar apareceu uma lata de cerveja! (ainda não consegui identificar a marca). Deve estar cheia, como a minha de molho de tomate, pois uma lata vazia dificilmente agüentaria o peso da janela. Mas o que é isso? Uma competição. Agora, terei que aparecer amanhã com uma lata de óleo de soja? Quem sabe uma lata de aspargos ou de corações de alcachofra?
Em um dia qualquer de trabalho, um colega que sentava ao meu lado chegou de manhã com um livro velho nas mãos. Me mostrou e perguntou se eu queria, pois ele já tinha uma edição daquele título. Havia encontrado no térreo da empresa, em uma prateleira em que os funcionários costumavam deixar livros que não queriam mais. Era No caminho de Swann, de Proust. Aceitei, já que não tinha o livro, mas um pouco descrente de que leria logo, pois andava na correria. Ao abri-lo, tive uma surpresa. Na folha de rosto, estava escrito à caneta provavelmente o nome de sua primeira dona, Rita, acompanhado de uma data: 06/06/81. Exatamente o dia em que nasci. Até prefiro ler livros mais novos, mas, depois dessa coincidência, topei em começar a ler este exemplar de páginas amareladas, manchadas e cheirando a velho. Ainda não terminei a leitura. Fiz paradas e retomadas. Em alguns momentos de extensa descrição, cheguei a me perguntar se deveria mesmo seguir, mas o meu encanto com a fineza de pensamento e d...
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