Uma matéria sobre uma pesquisadora de blogs saiu no jornal da Unicamp desta semana. O início do texto me chamou atenção. Ficou gravado fortemente na minha memória. Era um trecho de um post de uma moça de 23 anos. Há poucos dias fiz 24, portanto a minha identificação com a menina foi grande. E principalmente com o tema , que apesar de se tratar de uma situação dela, com algumas variações, imaginei que poderia muito bem ser minha também. Ela falava mais ou menos assim com o leitor: "Veja a gravidade da minha situação. Tenho 23 anos. É quase meia-noite de sábado e eu estou costurando os buracos da minha calcinha". Bem, sexta-feira à noite, eu com meus recém-inaugurados 24 anos, estava em um bar, transbordando cerveja e provavelmente falando besteira. Porém 24 horas mais tarde estaria em casa, sozinha, estudando. Lembrei que havia deixado algo na máquina de lavar. Resolvi pendurar. Sim, era quase meia noite de sábado e eu estava pendurando minhas calcinhas no varal. Mera coincidência.
O dia em que o encontrei considerei um dia de sorte. Estava cansada dos pedreiros enrolados e picaretas que costumavam prestar serviço no meu prédio. Mas, mesmo com poucas esperanças, fui perguntar ao porteiro se ele conhecia alguém que poderia pregar umas prateleiras e um varal, além de fazer outros servicinhos pendentes no meu apartamento. Foi quando ele apareceu. E logo o porteiro falou: "Acho que o Alemão pode". E voltando-se para ele: "Não pode, Alemão?" Alemão era diferente dos outros. Forte, largo, galego, parecia ter 1,70 de altura x 1,70 de largura. Careca, fazia-me lembrar do tio Fester da família Addams, porém, tinha uma generosidade em seu falar. Combinamos um dia para ele apaecer em casa. No dia marcado, Alemão atrasou. Os porteiros me informaram em qual apartamento ele fazia a reforma. Fui até lá. Com um moço, seu ajudante, ele trocava o piso de um apartamento vazio. Fazia o trabalho descalço, acentando aqueles grandes pisos de cerâmica no chão. S
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