Coloquei alguns dos meus posts na terapia. Gasto uma nota preta por mês por causa disso. Mas os mais rebeldinhos estavam me dando muito trabalho. Deixavam escapar minhas inseguranças, meus receios e minhas causas mal resolvidas. Agora toda semana, estiram suas perninhas no divã, e naquele ambiente a meia-luz, distraem-se olhando para os seus sapatos e para a parede, dizendo malcriações para o analista. E os safados ainda tem a coragem de me culpar pelos seus defeitos. Haja paciência!
O dia em que o encontrei considerei um dia de sorte. Estava cansada dos pedreiros enrolados e picaretas que costumavam prestar serviço no meu prédio. Mas, mesmo com poucas esperanças, fui perguntar ao porteiro se ele conhecia alguém que poderia pregar umas prateleiras e um varal, além de fazer outros servicinhos pendentes no meu apartamento. Foi quando ele apareceu. E logo o porteiro falou: "Acho que o Alemão pode". E voltando-se para ele: "Não pode, Alemão?" Alemão era diferente dos outros. Forte, largo, galego, parecia ter 1,70 de altura x 1,70 de largura. Careca, fazia-me lembrar do tio Fester da família Addams, porém, tinha uma generosidade em seu falar. Combinamos um dia para ele apaecer em casa. No dia marcado, Alemão atrasou. Os porteiros me informaram em qual apartamento ele fazia a reforma. Fui até lá. Com um moço, seu ajudante, ele trocava o piso de um apartamento vazio. Fazia o trabalho descalço, acentando aqueles grandes pisos de cerâmica no chão. S
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